quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Olhar da infância

Ontem conheci a música Naquela Rua, interpretada pela cantora Marcela Taís (você pode conferir a música neste link: https://www.youtube.com/watch?v=B6g4LEWDVT0 ). Ela mostra como era a vida na infância, a rua cheia de crianças brincando, a proximidade dos vizinhos, do tête-à-tête, dos dias que eram diferentes uns dos outros, da conversa na varanda, das flores no quintal e de como tudo isso deixava as pessoas felizes.

Essa música me fez lembrar da infância, da rua em que vivi boa parte da vida. No quintal tinha muitas plantas, inclusive o pé de manga, que era o meu segundo preferido, já que a goiabeira ficava em primeiro lugar com a casinha na árvore (na verdade, eram duas ou três tábuas colocada entre os galhos para os primos, mano e eu sentarmos pra nossa reunião de clubinho, mas era o máximo pra gente.)

De vez em quando, minha mãe deixava a gente brincar na rua, mas só quando estava em casa. Era queimada, pique-pega, salve-bandeirinha, amarelinha, pique-esconde... ah, que tempo bom.
Minha mãe trabalhava o dia todo e eu, a mais velha, olhava o meu irmão, três anos mais novo do que eu. Lembro que, depois do almoço, enquanto minha mãe se arrumava para voltar ao trabalho, ficava deitada na cama dela e conversávamos. Às vezes ela falava: 

Ela: - “Ah, que vontade de deitar e ficar em casa.”
Eu: - “Então, deita. Fica em casa hoje.”

Ela: - “Não posso, preciso trabalhar, tenho responsabilidades.”

Eu: - “Pode, sim, mãe! A vida é tão fácil, vocês, adultos, que complicam.”


Eu via as coisas de uma forma tão descomplicada, simples. Carregava uma esperança dentro de mim como se tudo sempre fosse dar certo, afinal de contas, era filha de um Pai grandão, do tamanho do mundo e que sempre sorria para mim quando olhava para o céu e sorria para Ele ou mesmo quando passava um tempo conversando e abrindo meu coração.


Tenho a impressão que fiz parte da última geração de pessoas que, quando criança, brincou de casinha na árvore, de soltar pipa, de boneca e comidinha. Talvez as crianças do interior ainda brincam pra valer enquanto, nos grandes centros, os pequenos estão mais sedentários diante do videogame, celular e aparelhos eletrônicos, que substituíram o carrinho e a boneca. Não sei como é o olhar dessa garotada no mundo pós-moderno.


Porém, sei que meu olhar era diferente! Tudo era mais leve e fácil. Ainda hoje, em algum momento, lembro daquela garotinha e de seus sentimentos. Contudo, percebo que não posso perder aquele olhar. “Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus.” (Mateus 18:3)
Viu como é sério? Você lembra alguma coisa de sua infância? Como enxergava o mundo e como era puro? E hoje, como é seu olhar?
Ore a Deus e peça para ser como uma criança. Ele vos concederá. Vamos olhar como as crianças? Que tal?



quarta-feira, 20 de agosto de 2014

O fardo de cada dia

Vou e volto do trabalho de ônibus. Eu gosto, pois é o momento que coloco o fone de ouvido, ouço música, me isolo, me encontro nos pensamentos. Gosto de andar de ônibus, mas quando não está cheio, claro. rsrs

Sempre observo, pelo vidro da janela, as pessoas andando nas ruas, à espera no ponto de ônibus, atravessando na faixa de pedestre ou em alguma esquina comprando um lanche. Gosto de ver o semblante delas, fico curiosa para saber o que estão sentindo. Alguns estão com o olhar preocupado, cansado e triste. Já outros parecem animados, pensativos e apaixonados.

Percebo que cada um tem um desafio, uma luta. Para alguns, andar é um desafio, pois uma deficiência os limitam. Para outros, a correria de trabalhar e estudar é um fardo pesado. Alguns tentam driblar traumas, a solidão ou o frio da rua. Homens e mulheres se esforçam para dar conta do recado diário. Trabalham tanto e não têm tempo para a família, para presenciar a primeira palavra do filho, seu primeiro passo, a perda do primeiro dente, seu crescimento, suas conquistas.

O fardo de cada dia. As lutas de cada dia. O suor de cada dia. Parece que ninguém vê, não é mesmo? Parece que todo o esforço não vale a pena. Claro que devemos buscar o equilíbrio, mas ô palavrinha que é difícil de colocar em prática, não é mesmo?

Não fique triste! Tem Alguém que vê tudo. Alguém que te conhece e aceita o seu jeito. Que diz vá em frente! Que chora, ri, espera, luta, trabalha com você. Ele é Jesus! Esse mesmo Jesus que viveu aqui, na Terra, tem uma promessa pra você. “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas as outras coisas vos serão acrescentadas. Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.” Mateus 6:33 e 34. Basta o fardo de cada dia, mas fique tranquilo! Não importa sua luta, o Redentor está cuidando de você! Ele quer carregar o fardo pra você. E aí, vai deixar?

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Além de água e adubo

Hoje, ao molhar as plantas da minha mãe, percebi o quanto estavam bonitas e verdinhas. Os pingos de água, que caiam sobre elas, as deixavam mais sadias e, aparentemente, felizes. Percebi que o cuidado que minha mãe tem com elas vai além de dar água e adubo. O cuidado é importante, claro. Ela molhava e ainda molha as plantas duas vezes ao dia. Logo cedo e no final da tarde. Todo santo dia, praticamente. Virou hábito pra ela. Mas, quando tinha um compromisso, pedia para o meu irmão ou para eu molhar. Entretanto, quando esquecíamos... ihhhhh, a bronca era certa! Só lembrávamos quando escutávamos o portão de casa se abrindo. “Nossa, não molhamos as plantas!”

E quando as flores nasciam? Ah, a alegria era tanta que não existiam palavras! Ela logo me chamava: - “Filha, vem ver. Olha, o botão de rosa saiu.” O sorriso dela era tremendo. Não entendia esse amor. E sei que as plantas da minha mãe são sadias e bonitas porque ela dá algo além de água e adubo, dá amor.

Isso me lembra do amor de Deus para conosco. Às vezes, não entendemos os Seus planos pra nós. Ele nos dá água, faz vir sol sobre justos e injustos, como diz a Bíblia, mas, muitas vezes, não relacionamos muito profundamente com Ele e estamos em busca de algo que nos falta. Não investimos no nosso relacionamento com Deus. Algumas vezes, estamos em crise. Se deixássemos Deus cuidar de nós, seríamos mais felizes. Se estivermos dispostos a visitar Seu jardim, para sermos molhados, pelo menos, duas vezes ao dia, recebermos o sol necessário para o nosso crescimento, assim como as plantas têm sede dos cuidados do seu dono, nós já estaríamos preparados e Jesus já teria voltado. O que estamos esperando? O que estou esperando? O que você está esperando? Vá à fonte de toda sabedoria e graça. Hoje. Agora! Pois nEle você encontra mais do que água e adubo, encontra amor.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Professores reclamam de computador em aula

Foto: Gabriela Vizine
Papel, caneta, lápis e borracha são algumas das ferramentas mais comuns utilizadas em salas de aula. Porém, com as mudanças tecnológicas, em determinadas faculdades, o computador portátil tem sido usado por alguns alunos como um instrumento para anotação e gravação das aulas. Contudo, nem todos os professores permitem o uso do aparelho em sala. Alguns deles admitem o uso, dependendo da maneira como é empregado.

O professor Clênio de Moura dá aula para o curso de Educação Artística no Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus Engenheiro Coelho. Para ele, o estudante pode usar o computador em sala desde que saiba como aproveitar o aparelho. “Se o aluno usa o notebook com sabedoria não há problema. Mas se eu vejo um estudante conectado à internet e fazendo outras coisas que não são da minha aula eu fecho o computador dele e dou falta”, declara.

O maior problema enfrentado pelos professores é o uso das redes sociais durante as aulas que induz a falta de atenção para a disciplina. A estudante Noelia Dutra conta que utiliza o computador na faculdade. Porém, ela procura evitar entrar em redes sociais durante as aulas, mas utiliza o aparelho para ganhar tempo. “Enquanto o professor explica alguma coisa, eu vou adiantando um trabalho no meu computador. Faço tudo para ganhar tempo”, explica a aluna que cursa o 3º ano de Publicidade e Propaganda no Unasp.

Esse fato explica a reclamação dos professores e a insistência em não permitir essa prática. Giselle Bernardo cursa o 3º ano de Educação Artística no Unasp. Ela diz que há muita reclamação da parte dos professores quando os computadores estão abertos em cima da mesa. “É difícil usar o notebook, porque os professores se queixam muito. No 1º ano eles até deixavam para copiar a matéria, mas hoje raramente isso acontece”, conta.

De acordo com o professor de Ensino Religioso Glauber Araújo, o uso do computador em sala de aula depende muito da disciplina, do curso e do aluno. “Cursos como Engenharia Civil, Comunicação Social e Sistemas para internet, por exemplo, o uso do aparelho é indispensável. Agora na minha matéria eu não aceito, pois não há necessidade”, afirma.

A opinião de Noelia se referindo que o uso do computador depende do aluno se assemelha com a de Araújo. Ela acredita que o problema não está no aluno utilizar o aparelho em sala de aula, e sim na maneira. “O notebook atrapalha quando não se sabe usá-lo”, opina.

Apesar dos contras, alguns professores ainda acreditam que há benefícios em utilizar o computador em sala de aula. “O aparelho possibilita o estudante a digitalizar os livros e colocá-los no computador que evita carregar aquele volume para as aulas”, diz Clênio de Moura.

Confira: http://abj-noticias.blogspot.com/2012/02/professores-reclamam-de-computador-em.html

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Aumenta incerteza sobre a definição do adversário de Obama

Os norte-americanos vão às urnas para a escolha do novo presidente dos Estados Unidos no dia 06 de novembro deste ano. Se Barack Obama é o nome certo do Partido Democrata – tentando a reeleição –, a disputa para representar o Partido Republicano está mais aberta do que nunca. A mais recente pesquisa de intenção de votos aponta Rick Santorum na liderança com 30%, superando pela primeira vez Mitt Romney, que ficou com 27% das intenções.

A arrancada para escolher o candidato republicado começou no dia 3 de janeiro e termina com a Convenção Nacional do Partido Republicano, nos dias 27 e 30 de agosto. Sete candidatos começaram a disputa pela indicação, mas apenas quatro – Mitt Romney, Newt Gingrich, Ron Paul e Rick Santorum – continuam na corrida. Desde o início, Mitt Romney liderou as pesquisas e venceu nos primeiros estados, mas nunca com grande vantagem. Assim, embora seja apontado como favorito, nenhum analista político dá como certa sua vitória.

A incerteza aumentou com a pesquisa que foi conduzida pela emissora de televisão CBS e pelo jornal The New York Times. O ex-senador da Pensilvânia Rick Santorum lidera as primárias em Michigan e é a primeira vez que passou a ter a preferência também em todo o país.

Os demais candidatos, Ron Paul e Newt Gingrich, estão mais atrás, com 12% e 10% das intenções de voto, respectivamente. Os quatro candidatos irão participar de um debate no dia 22 de fevereiro, organizado pela CNN, no sul do Arizona, no momento de maior indefinição por parte do eleitorado.


Confira: http://abj-noticias.blogspot.com/2012/02/aumenta-incerteza-sobre-definicao-do.html

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Exageros da imitação contribuem para a vaidade precoce

Que criança nunca calçou o sapato de salto alto da mãe, usou seu batom ou vestiu o terno do pai? Imitar os pais na infância é algo comum, porém, os exageros podem atrapalhar o desenvolvimento da criança e trazer problemas como a vaidade precoce.

Segundo a psicóloga Daniela Antória, o comportamento dos filhos em relação à preocupação com a estética exterior ou a identificação de uma intenção vaidosa deve ser observada pelos pais. “É essencial identificarmos o que está por traz dessa vaidade. Podemos considerar saudável, aquela preocupação estética que preserva o bem estar emocional da criança”, explica.

Além disso, ela deve ser observada também no ambiente escolar, pelos professores e responsáveis. Para Ester Klein, professora de Educação Infantil do Colégio Unasp, em Engenheiro Coelho, a vaidade não está longe dos pequenos e nem da sala de aula. Ela conta que na escola onde trabalha esse comportamento é perceptível nas crianças. “As meninas de quatro anos já passam batom. Elas falam, olha tia a cor do meu batom”, alarma-se.

Muitas vezes, os próprios pais acabam por influenciar, de forma inconsciente, esse tipo de comportamento em seus filhos.. Um exemplo disso é Nicole Pires, de 9 anos, que usa esmalte desde muito pequena. “Eu faço francesinha desde os cinco anos, minha mãe ou minha irmã que passam esmalte em mim,” conta.

Essa influência não acontece apenas em casa, mas também nas relações sociais e no âmbito escolar. Para Ester Klein, os pequenos acabam sendo influenciados de algum jeito. “Mesmo se a criança não tem exemplo em casa de vaidade, na escola acaba sendo influenciada pelos coleguinhas”, afirma.

Daniela Antório acredita que os pais devem estar preparados para orientar os filhos. Quando a criança passa a utilizar roupas de apelo sensual ou quando deixa de frequentar algum local por não se sentir bem vestida, é um sinal de alerta. "Os adultos devem manter sua atenção a essas reproduções, questinando-se quanto a sua participação e contribuição na percepção dessa criança", recomenda.

No entanto, a psicóloga explica que a imitação dos pais é saudável, pois faz parte de seu desenvolvimento. "Meninos ou meninas imitam, fantasiam e ensaiam ser ou sentir-se como aquele que lhe disponibiliza atenção, cuidado e afeto", ressalta. A observação dos pais a esses detalhes é essencial para que o crescimento do seu filho seja natural e benéfico.

Falta de informação prejudica coleta seletiva

Separar garrafa plástica, vidro e metal dos alimentos parece algo simples. Esse costume pode facilitar a trabalho de quem faz a coleta de lixo, mas nem todas as pessoas têm consciência dessa atitude e, por isso, não a praticam.

De acordo com o ambientalista Caetano Consolo, com a separação do lixo é possível evitar muitos males para a natureza e impedir futuros incidentes. “Fazendo a coleta seletiva você evita enchentes, doenças, contaminação da água potável, contaminação do solo e diminui a poluição visual”, explica.

Além disso, a redução dos resíduos que vão para lixões, aterros sanitários, ruas, rede de esgoto e mananciais é mais um dos benefícios para o meio ambiente.

A coleta seletiva pode se dar através de catadores comuns, empregados vinculados à empresas, em postos de troca, postos de entrega voluntária e através de coleta domiciliar. Consolo explica que a separação de materiais em casa pode ser feita sem muito esforço. Segundo ele, é necessário ter dois cestos de lixo disponíveis. “Um cesto para o lixo orgânico, que deve ficar em um local de difícil acesso para animais e bem tampado, e outro para o lixo que possivelmente poderá ser reciclado”, ensina. Já baterias e pilhas não devem ser jogadas no lixo junto com o material orgânico ou seletivo. “As baterias devem ser entregues em postos instalados em alguns bancos e supermercados para ser dado um destino final”.

Alisson Carvalho é coletor de lixo há um ano e cinco meses. Só depois de conhecer o trabalho ele valorizou a coleta e percebeu o quanto é importante para o meio ambiente. “Eu, antes, não dava importância. Sabia, mas não praticava”, confessa.

Ele acredita que muitos sabem o quão necessária é a coleta, porém, há um desinteresse em praticar. “Uma boa parte das pessoas não se preocupa. Elas têm informação sobre, mas não se interessam por coisas a respeito do ambiente”, lamenta.

O ambientalista discorda do ponto de vista de Alisson. Para ele, ainda falta conhecimento das pessoas sobre o assunto. “Infelizmente essas pessoas não possuem nem informações e nem consciência da importância da prática da coleta seletiva”, declara Consolo.

Essa falta de conhecimento e desinteresse não são apenas das pessoas, mas também dos comércios. “As empresas, de maneira geral, e o governo não dão tanta importância a essa questão, pois um bom programa de coleta seletiva envolve custos e poucos conseguem visualizar os benefícios de sua prática”, argumenta.

De acordo com Alisson, as pessoas precisam perceber a gravidade de não fazer o que é preciso. “A gente tem que fazer um pouquinho pela sociedade que vivemos. O lixo não tem culpa de estar ali. Se está fora do lixeiro é porque alguém colocou. Cada um deve fazer sua parte”, finaliza.